quarta-feira, 24 de julho de 2013

Lição de vida - As Crônicas de Nárnia


Há pouco tempo terminei a leitura do livro "As Crônicas de Nárnia", e a cada página lida, eu procurava tirar lições e encontrar mensagens tiradas do Evangelho gravadas por C.S.Lewis há mais de 60 anos, e dessas mensagens houve uma que marcou mais do que todas as outras. É relatado no capítulo 13 do livro "A última batalha", chamado: Os Anões Não Se Deixam Tapear

A história narra uma batalha no Ermo do Lampião entre os Narnianos e os Calormanos. No centro dessa batalha há uma espécie de Galpão, onde lá dentro existia um deus pagão chamado Tash que destruiria todos os que fossem jogados lá.
Nárnia perdia a batalha. Todos eram jogados um a um lá dentro, até que o próprio rei de Nárnia (Tirian) foi jogado lá, mas ao entrar, deparou-se com um outro mundo, que tinha uma imensa floresta, grama verde, céu azul, brisa suave e um aroma agradável. Lá ele encontrou as sete crianças que ajudaram Nárnia, vindas de outro mundo: Digory e Polly, que estavam lá durante a criação de Nárnia, os reis Pedro e Edmundo, a rainha Lúcia, Eustáquio e Jill.
Lá estavam também 11 ou 12 anões que foram jogados dentro do galpão mais cedo. Eles formavam um círculo, sentados no chão. Eustáquio, Tirian e Jill, que haviam lutado contra os anões (pois eles tentaram tomar Nárnia também), não queriam tira-los de seu círculo fechado, mas Lúcia, compadecida, tentou de todas as formas fazer com que os anões percebessem que estavam num lindo lugar, e não numa cabana suja.

— Mas aqui não está escuro coisa nenhuma, seus anõezinhos estúpidos! — disse Lúcia. — Será que não percebem? Vamos, levantem o rosto! Olhem ao seu redor! Será que não veem o céu, as árvores e as flores? Vocês não estão me vendo?
— Ora, vá tapear outro! Como é que eu posso ver uma coisa que não existe? E como é que eu posso vê-la (ou você a mim) nesta escuridão de breu?

Logo todos entenderam que os anões mantinham-se fechados para tudo porque não queriam ser tapeados. Não acreditavam que dentro de uma cabana de 3 metros quadrados poderia haver um imenso jardim, ou que crianças que vivera há milhares de anos Narnianos pudessem estar ali. Não criam que havia um Grande Leão e nem que aquelas crianças realmente pudessem vê-los.

Então chegou o Grande Leão, Aslam (personificação de Jesus) e Lucia pediu para que Ele lhe ajudasse.

— Minha querida — Aslam respondeu — vou mostrar-lhe tanto o que eu posso quanto o que eu não posso fazer.
Aproximando-se dos anões, Aslam deu um leve rugido: leve, mas mesmo assim fez o ar vibrar. Os anões, porém, disseram uns aos outros:
— Escutaram só? Deve ser a turma do outro lado do estábulo. Estão tentando nos assustar. Devem ter feito esse barulho com algum tipo de máquina. Não vamos nem dar bola. Desta vez não nos enganam mais.
Aslam ergueu a cabeça e sacudiu a juba. No mesmo instante, um maravilhoso banquete apareceu aos pés dos anões: tortas, assados, aves, pavês, sorvetes e, na mão direita de cada um, uma taça de excelente vinho. Mas de nada adiantou. Eles começaram a comer e a beber com a maior sofreguidão, mas notava-se claramente que nem sabiam direito o que estavam degustando.
Pensavam estar comendo e bebendo apenas coisas ordinárias, dessas que se encontram em qualquer estrebaria. Um deles disse que estava comendo capim; outro falou que tinha arranjado um pedaço de nabo velho; e um terceiro disse que havia achado uma folha de repolho cru. E levavam aos lábios taças douradas com rico vinho tinto, dizendo:
— Puááá! Muito bonito! Beber água suja, tirada do cocho de um jumento! Nunca pensei que chegássemos a tanto!

Não demorou muito para que os anões começassem a brigar por achar que o outro tinha achado algo melhor que ele, mas no final, diziam:

— Bem, pelo menos aqui não há nenhuma trapaça. Não deixamos ninguém nos levar no bico. Vivam os anões!

O próprio Aslam define os anões muito bem:

— Viram só? Eles não nos deixarão ajudá-los. Preferem a astúcia à crença. Embora a prisão deles esteja unicamente em suas próprias mentes, eles continuam lá. E têm tanto medo de serem ludibriados de novo que não conseguem livrar-se. 

Assim acontece com muitas pessoas: Elas criam prisões em suas mentes pois têm medo de se entregar à crenças, por serem elas fisicamente impossíveis. Deixam-se levar pelas limitações de sua visão porque o medo de errarem é superior a sua fé. Assim acontece com os ateus e assim funciona com muitos cristãos também. Limitados por seus medos, esses "cristãos" deixam de vencer e conquistar para limitarem-se a receberem o que sua visão alcança.

Pense nisso: Você tem sido como os anões?

Envie um e-mail para pregadoresdoev@gmail.com e tire suas dúvidas! Ou Faça a sua pergunta na barra lateral!

Nenhum comentário:

Leia também

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...