segunda-feira, 6 de março de 2017

Porque os Hebreus eram escravos no Egito? - Parte III (Explicação Arqueológica)

QUAL EXPLICAÇÃO A ARQUEOLOGIA PODE DAR AO ÊXODO?

Recentemente tivemos acesso à um estudo arqueológico sobre a história contida no Êxodo, o que pode nos ajudar a compreender as razões do povo de Deus e também de Faraó para uma das maiores histórias da humanidade! Então procure estudar com atenção esses itens abaixo e confira historicamente se estão corretos!

1. Egípcios X Hicsos
 Por volta de 1800 a.C. os Hicsos saíram da Ásia Ocidental para viverem pacificamente na região do Egito. Os motivos iniciais eram a escassez de alimento na Ásia, devido ao ambiente árido, e a abundancia de alimentos, provenientes da terra fértil ao redor do Nilo.
O que motivou a guerra foi a fraqueza governamental da 13ª dinastia egípcia, no comando do  Faraó Amenemés III (1843 a 1797 a.C.). Os Hicsos entenderam que poderiam tomar o poder, e assim o fizeram.
Os Hicsos atacaram o império egípcio, e expulsaram a dinastia para tomarem o poder. Governaram o Egito por cerca de 100 anos. Adotaram muitos de seus costumes durante essa época, inclusive, chamando seu líder de Faraó.

O que isso tem a ver com o Êxodo?

OS HICSOS ERAM SEMITAS.

O que são semitas?
São os descendentes de Sem, filho de Noé, de onde também saíram os Hebreus.
Isso leva a crer, para alguns arqueólogos, que José do Egito teria chegado àquele lugar nessa época, e, por isso, não houve resistência da parte de faraó em coroa-lo governador do Egito, afinal de contas, pertenciam à povos irmãos.

Anos depois, os egípcios voltaram a tomar o poder na terra do Egito, e pouco tempo depois, o Faraó Amósis inaugura a 18ª dinastia egípcia e começa uma perseguição  contra os Hicsos e todo o povo semita.

Esse é provavelmente o Faraó que a bíblia descreve em Exodo 1:8-10


"Entrementes, se levantou um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José.

Ele disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós.
Eia, usemos de astúcia para com ele, para que não se multiplique, e seja o caso que, vindo a guerra, ele se ajunte com os nossos inimigos e peleje contra nós e saia da terra." Ex. 1:8-10
Ao tomar o poder, Amósis escravizou os Hebreus e os colocou sobre os trabalhos mais pesados: O feitio de tijolos.

2. A filha de Faraó
Para chegarmos à Filha de Faraó precisamos entender o significado da HIERARQUIA no meio egípcio.
Era muito importante para a solidificação da nova dinastia manter o sangue da família real. Mas uma coisa muito interessante ocorreu nessa dinastia.

O filho de Amosis chamava-se Amenófis I. Seria ele o grande Faraó que daria continuidade a nova dinastia.
Amenófis I governou por mais de 20 anos, entretanto não teve nenhum herdeiro.
Portanto, sua irmã, Amósis-Nefertari casou-se com Tutmés I (Ou Tutmósis I), que fora um parente distante ou um poderoso general de guerra.
Aí, nota-se que o sangue real estava se perdendo. Afinal de contas, no mundo antigo, as mulheres não carregavam o sangue real, pois seriam submissas ao nome do marido. Entretanto, como não havia outros descendentes homens, Tutmés entrou como descendente de Amenófis, mesmo não sendo.

Os dois tiveram uma filha chamada Hatchepsut (grave esse nome), mas não tiveram filhos homens.
Tutmés foi conhecido por ter vários relacionamentos extra conjugais, e desses relacionamentos ele teve um filho, que chamou de Tutmés II.

Para colocar seu filho no trono, Tutmés I armou o casamento entre seus dois filhos, Tutmés II e Hatchepsut. Mesmo sendo ordem de um Faraó, era uma humilhação para época, afinal de contas, Hatchepsut teria que ser submissa às ordens de seu irmão bastardo, fruto de um relacionamento incestuoso.

Chegamos à época da Filha de Faraó: Hatchepsut.

Assim como seus ancestrais, Hatchepsut não teve filhos homens, apenas duas filhas (Neferuri e Neferubiti), e, assim como o pai, Tutmés II teve vários relacionamentos extra conjugais, e de um deles, teve seu herdeiro, que chamou Tutmés III.

Repare que, nesse período de tempo, o sangue original da dinastia já estava praticamente ausente da família real. Foram tantas misturas e adultérios que já não havia a pureza genética desejada por Amosis.

A visão era clara. Em breve, Tutmés II logo nomearia o filho bastardo como seu herdeiro, e Hatchepsut não teria como confrontá-lo. Não havia outra alternativa, a não ser que ela tivesse um filho homem. E como uma egípcia fervorosa, ela foi aos deuses pedir por um milagre.

3. A estratégia de Joquebede
A história do menino colocado num cesto de junco untado com betume e largado à sorte sob a correnteza do rio nilo não seria tão romântica assim, segundo a arqueologia. Isso porque o banho que a filha de Faraó tomava naquele momento não era um banho natural, era um ritual!

Os egípcios já conseguiam, naquela época, irrigar toda a terra pelos métodos muito conhecidos até hoje, mas, pelo fato de que Hatchepsut era filha do Faraó, não precisava ir até o rio para se banhar. Seus servos preparariam seu banho dentro do palácio. 
O versículo que descreve que ela foi se banhar no rio, na verdade, refere-se à um ritual de adoração ao deus Hapi, que seria o deus do rio Nilo.

Como você deve saber, havia uma infinidade de deuses no Egito antigo. Cada manifestação da natureza era considerado a ação de um deus. O sol era Rá, Osíris era a morte, Ísis era a fertilidade (tanto da terra quanto das mulheres), Hórus era a representação do Faraó, e ainda vários outros como Toth, deus das disciplinas intelectuais. Inclusive, como veremos mais a frente, foi de Toth que saiu o nome do Faraó Tutmés (TothMoses= Nascido de Toth)

Naquele ritual ao deus Hapi, é provável que a filha de Faraó pedia ao deus um filho, e Joquebede pode ter lançado ali o cesto para que ela encontrasse o menino e pensasse que aquele pequeno hebreu seria a resposta de suas orações aos deuses.

Assim, ela pede à Joquebede que crie o menino até que desmamasse (por volta dos sete anos) e levasse-o para o palácio para ser criado como o herdeiro do Faraó.

4. O nome de Moisés


Quando o menino cresceu, ela o entregou à filha do Faraó, a qual o adotou e lhe pôs o nome de Moisés, justificando: “Eu o tirei das águas”. Ex.2:10
Lendo esse versículo, muitos entendem que Moisés significa Tirado das águas, ou Nascido das águas, mas não é bem assim.
Moisés é um nome egípcio, isso é inegável, mas não significa exatamente saído das águas, mas apenas Tirado, ou Saído.

Se notarmos o nome dos Faraós anteriores, teremos:

Tutmés (TothMoses) = Nascido de Toth
Amósis (AmonSes) = Nascido de Amón

ou até mesmo Faraós que vieram depois:

Ramsés (RaMoses) = Nascido de Rá

Se levarmos em conta que Moisés surgiu de um clamor feito pela filha de Faraó no rio Nilo, podemos chegar à conclusão de que o nome de batismo de Moisés seria algo como Hapimés ou Hapimoses.

Pelo fato de ter passado seus primeiros anos recebendo a educação Hebreia com sua mãe, pode ter rejeitado mais tarde o nome de um deus egípcio e permanecido apenas com o nome Moses, ou Moisés, que significa apenas Nascido. De que deus? Do Deus altíssimo. Daquele nome que está acima de qualquer nome. Do Deus impronunciável.

5. O reinado de Hatchepsut
Segundo os estudiosos, Moisés estava sendo preparado para ser o sucessor de Tutmés II. Por ser filho de Hatchepsut, ele teria direito ao trono, mesmo que Tutmés III fosse filho de sangue do Faraó. Por ser bastardo, não tinha direito algum ao trono.
Moisés teria sido educado, letrado, treinado em guerra para ser o sucessor e líder de todo o Egito. Mas aconteceu o que ninguém esperava, que foi o assassinato de um oficial egípcio por parte de Moisés.

Obviamente, um herdeiro de Faraó nunca seria condenado por qualquer crime, tampouco por assassinato. Isso nos dá uma prova de que toda essa teoria pode ser real.

A oportunidade que Tutmés II esperava finalmente aconteceu! O único que estava em seu caminho poderia ser condenado! Se Moisés morresse, Tutmés III assumiria o trono e não haveria nenhum atrapalho. 

Moisés precisou fugir e se escondeu em Midiã.

Algum tempo depois, Tutmés II morreu, deixando o trono para Tutmés III.
Para não permitir que o filho bastardo de seu marido reinasse, a própria Hatchepsut assumiu o trono como Faraó do Egito.

À alguns anos foram encontrados alguns templos numa região chamada Deir el-Bahari com um templo gigantesco dedicado à Hatchepsut. Pelos vestígios encontrados, seu reinado foi próspero. O Egito havia crescido como nunca, entretanto em todas as aparições públicas, ela deveria aparecer vestindo-se de homem. Até uma barba postiça ela precisava usar.

É possível que, nesse período, Hatchepsut tenha decretado perdão real ao seu filho, que era foragido.

Esse templo havia sido invadido e todas as imagens de Hatchepsut foram depredadas. Por quem?

Provavelmente Tutmés III.

A crença egípcia diz que todas as inscrições e referencias nos túmulos dos faraós servem para que o deus Anúbis pudesse reconhecer quem era aquela múmia e leva-la para Osíris. Se todas as informações e nomes estivessem apagados, a pessoa estaria perdida por toda a eternidade.

Após a morte de Hatchepsut, Tutmés III assumiu o trono e depredou o túmulo da Faraó anterior, destruiu suas imagens e riscou seus nomes das paredes (Daí vem a referencia da bíblia Ap. 3:5).
Tutmés tentou fazer com que Hetchepsut desaparecesse da história. Violou seu túmulo e trocou seu corpo com o da serva que foi sepultada com ela. Por muito tempo, pensou-se que a múmia que estava jogada no chão era de uma serva, mas sua posição era de Faraó (com os braços cruzados em X), até que se descobriu toda a violação da tumba.

6. O retorno de Moisés
Após o evento no monte Sinai, Deus manda que Moisés retorne para livrar o povo das mãos de Faraó, e assim fazendo, encontra Tutmés III assentado no trono.
Tutmés sabia que Moisés era o verdadeiro Faraó, e é provável que tenha lhe tratado com cautela para evitar uma guerra.

Há ainda muito mais para ser explicado. Se você deseja saber mais sobre esse assunto, comente abaixo!

Envie um e-mail para pregadoresdoev@gmail.com e tire suas dúvidas!

LEIA AS PARTES 1 E 2 CLICANDO ABAIXO:


9 comentários:

Erik Henrique disse...

Eu quero Saber mas.

Unknown disse...

Muito bom os três artigoa obrigada ! Quero saber mais

Unknown disse...

Eu gostaria de saber mais

Unknown disse...

Eu quero saber mais .

Unknown disse...

Muito bom os três artigos muito esclarecedor obrigada por compartilhar conosco queremos mais

Ainz disse...

Denovo um monte de articulações sem fundamento nenhum, falou falou e não disse nada, os fatos são inegaveis. Deus permitiu a escravidão de um povo totalmente inocente bem antes deles sequer nascerem. Acordem! Só falta querer dizer que Jó também era culpado por sofrer sem merecer pela vaidade de Deus.

Daniel disse...

Poderia ter sido ao contrário os hicsos que escravizaram os hebreus. Os hicsos que invadiram o Egito e depois que estabelecem o seu governo eles construíram algumas cidades Inclusive a famosa Avaris que anos mais tarde seria construído a cidade de Ramsés em cima dela. Havia vários povos escravizados nessa época incluindo os Aamu, Shasu , Queneus, etc.

Poliana disse...

Eu amei a leitura, muito inteligente e esclarecedora, por favor, façam a parte IIII.

Poliana disse...

Vc é ateu. Só pode. Não chame Deus de vaidoso. Deus não se deixa escarnecer.

Leia também

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...